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TAP

por Henrique Monteiro, em 14.12.14

 

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7 comentários

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De MA a 14.12.2014 às 16:51

Gestão danosa? Só se for nas diversas situações, por parte dos "sindicatos"...
Haverá algum português, sem serem os "sindicalistas", que compreendam uma greve como a que está, agora, programada? E alguém achará que é "benéfica" para a TAP, ou para algum trabalhador da TAP? Se todos concordarão que não é, porquê fazê-la? Para ganhar o quê? No interesse de quem?
Ah, já sei! Contra a "possivel" privatização da TAP, que ninguém sabe se será feita, quando será feita e em que moldes será feita! Esclarecedor, não é?
Infelizmente, sou da opinião que um dos graves problemas da nossa economia, são "este" tipo de sindicatos, que se regem por regras exógenas aos interesses dos próprios trabalhadores e dos portugueses, em geral.
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De Costa a 14.12.2014 às 19:14

"Accionista (Estado) decide que a TAP vai adquirir a VEM, uma decisão política, associada a outros interesses do país, nomeadamente negociações de blocos petrolíferos para a Galp (empresa privada), de acordos de telecomunicações da PT com a OI (outra empresa privada), de investimentos da Embraer em Portugal (mais uma empresa privada). Os custos ficam na TAP, os benefícios nos privados.

O custo da aquisição é mistério, mas o prejuízo acumulado da mesma já ascende a 500 milhões de Euros e sempre a aumentar. Quem pagou a aquisição? Foi o Estado? Não, foi a TAP, que não pode receber dinheiro do Estado para financiar a aquisição por ele determinada, por isso contrai dívida. Para suportar o serviço da dívida, que só associado a este prejuízo são cerca de 25 milhões de Euros anuais, o que é que a TAP faz, corta ordenados, altera regras e acordos de trabalho dos seus empregados. Portanto quem financia o negócio são os trabalhadores.

A Venezuela não liberta 130 milhões de Euros de receitas de vendas nesse mercado, o Estado decide que se deve manter a operação para Caracas por causa da comunidade imigrante. A TAP não só vê aumentar o valor a receber a cada dia que passa, como tem de contrair empréstimos para pagar os custos associados a essa operação. A 5% de taxa de juro são mais cerca de 6.5 milhões de Euros de prejuízo em serviço de dívida. Em vez da TAP rentabilizar receitas de 130 milhões de Euros em produção, obtendo retorno, tem custos de 6.5 milhões de Euros.

O Estado decide adquirir a Portugália ao BES, em mais um negócio muito transparente, quem paga? A TAP. Como? Com dívida. Como paga a dívida, já que o Estado não põe um cêntimo na TAP? Corta ordenados, direitos e altera regras de trabalho dos seus trabalhadores!

E andamos assim há 15 anos. O trabalhadores da TAP são tratados como trabalhadores do sector privado no que se refere aos seus direitos, mas no que se refere aos seus deveres, já são funcionários públicos. É o melhor dos dois mundos para o Accionista Estado. E é à custa dos cortes nos seus ordenados, da alteração dos seus contratos, que a TAP tem financiado isto tudo.

Perguntam como é que a TAP pode investir em renovação da frota, em crescimento? Basta que o Estado assuma as suas responsabilidades. Separa a VEM do grupo TAP, logo liberta 500 milhões de dívida e 25 milhões em juros. Assume os créditos da operação com a Venuzuela, libertando 130 milhões de Euros e 6.5 milhões em juros. A TAP acabou de conseguir 630 milhões para investimento produtivo, que, se tiver retorno superior à taxa de financiamento é auto sustentável.

Saliente-se que o Estado está impedido de capitalizar o Transporte Aéreo, não a manutenção, ou o handling, ou os outros negócios acessórios.

Veja-se que a TAP, apesar dos 630 milhões de dívida não produtiva (na VEM e Venuzuela) que só gera prejuízo em juros, mesmo assim consegue suportar a quase totalidade desse encargo.

Não foram os trabalhadores que determinaram as políticas nem as aquisições. A responsabilidade não é dos trabalhadores. O Estado mistura política com a TAP, mas não suporta a conta. O Estado quer vender a TAP, concordo plenamente. Mas antes assume as suas responsabilidades. Não são os trabalhadores a ficar com a conta novamente.

Interessa ao Estado esta confusão entre público e privado na TAP. Apesar do Estado não pôr um cêntimo, os cidadãos pensam que sim. O Estado usufrui dos direitos, sem ter os deveres. Agora como a conta vai entrar para o défice em 2015, tenta saltar fora como se nada fosse com ele.

Eu adoro a TAP, como a generalidades seus trabalhadores, mas há limites para tudo. Os trabalhadores estão fartos de ser roubados, maltratados e enganados. E esta privatização à pressa, sem lógica, apenas por convicção, é a última estocada na paciência dos trabalhadores.

Quem quiser ser enganado pela propaganda política, que isto são tudo é mandriões e sindicalistas a defender o seu feudo, que o seja, quem quiser pensar um pouco, olhe para os factos e decida"

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